Líder em cooperativismo financeiro demonstra força do setor

Modelo se destaca no Balanço da Agenda BC# e o maior sistema do país chama a atenção.

Vantagens da Cooperação | 09 de março de 2020
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Líder em cooperativismo financeiro demonstra força do setor
Líder em cooperativismo financeiro demonstra força do setor

Quase 10 milhões de brasileiros já sabem: ter conta em uma cooperativa financeira é um jeito de economizar e ganhar mais. E essas são apenas algumas das vantagens do cooperativismo de crédito. Não é por acaso que o movimento tem crescido e ganhado força por todo o Brasil.

Com produtos e serviços financeiros similares aos de bancos comuns, as cooperativas de crédito são instituições integrantes do Sistema Financeiro Nacional (SFN), diferenciadas por sua gestão democrática, buscando benefícios para todos os associados e para a comunidade.

De acordo com o Anuário 2019 da Organização das Cooperativas Brasileiras, existem, em todo o território nacional, 909 cooperativas de crédito, gerando 67,3 mil empregos no total. Juntas, essas cooperativas ainda detêm o maior número de postos de atendimento de todo o SFN.

Em termos de organização, é válido saber que mais de uma centena dessas cooperativas de crédito são independentes. Enquanto, as demais integram oito grandes sistemas de cooperativas financeiras (formados por singulares, centrais e confederações). O maior deles é o Sicoob – instituição que, entre outros bons resultados, ganhou destaque no anuário Valor Grandes Grupos 2019, demonstrando o prestígio e o dinamismo do setor. Acompanhe e saiba mais.

A 11ª maior instituição financeira do país

Conforme estudo do jornal Valor Econômico, divulgado no anuário Valor Grandes Grupos 2019, entre as 20 maiores empresas do mercado financeiro no país, o Sicoob é o 11º colocado.

Além disso, o sistema líder em cooperativismo de crédito conquistou a 7ª posição entre os 20 maiores em patrimônio líquido. E em termos de lucro líquido, ficou em 6º lugar.

Mas é importante lembrar que, nas cooperativas, o que é chamado normalmente de lucro é tratado como sobra e, cobertos os custos operacionais, retorna aos associados, conforme suas participações.

Ou seja, no caso do Sicoob, são os 4,6 milhões de cooperados da instituição que saem ganhando com tais resultados.

Francisco Reposse Junior, diretor de Desenvolvimento e Supervisão do Sicoob Confederação comenta ainda que “tais números respaldaram a abertura de 244 novas agências, além de proporcionar um aumento de 9,2% em ofertas de emprego, atingindo 41.173 colaboradores no período vigente no ranking. Assim, contribuímos ainda mais com o desenvolvimento econômico em todos os estados brasileiros, seja fazendo parte da vida financeira de nossos cooperados, seja ampliando a oferta”.

 

Impacto social: 1,8 milhão de beneficiados

Levando em conta o princípio cooperativista do Interesse pela Comunidade, as cooperativas de crédito vão além dos benefícios financeiros e da geração de empregos, buscando difundir a cultura cooperativista e contribuir para o desenvolvimento sustentável das comunidades – o que, no caso do Sicoob, é feito, principalmente, pelo Instituto Sicoob.

Criado em 2004, na cidade de Maringá, no Paraná, o Instituto Sicoob expandiu definitivamente sua atuação por todo o território nacional em 2018. Uma das centrais que aderiram ao Instituto nesse ano foi o Sicoob SC/RS.

Segundo dados da Central SC/RS, em 2019, foram realizadas, somente nessa região, 347 ações de cidadania financeira, desenvolvimento sustentável, cooperativismo e empreendedorismo, impactando 1,8 milhão de pessoas no total.

Entre essas iniciativas, merece destaque o Concurso Cultural envolvendo 1.465 alunos de 27 escolas, a Clínica Financeira gratuita oferecida em Florianópolis e a participação na Semana de Educação Financeira (ENEF), com 35 turmas de contação de histórias para 855 crianças.

Aliás, vale dizer que, em todo o Brasil, o Instituto Sicoob foi responsável por 31% do total de atividades organizadas na Semana ENEF 2019, com 4.584 ações presenciais e online. Um estímulo para todos os brasileiros aprenderem a cuidar melhor das suas finanças.

Balanço da Agenda BC#

São tantos os benefícios financeiros e sociais do cooperativismo de crédito que o próprio Banco Central (BC) reconhece o papel essencial dessas instituições para o fortalecimento do Sistema Financeiro Nacional (SFN).

O modelo cooperativista tem destaque, inclusive, dentro da Agenda BC#, pacote de medidas cujo objetivo central é a democratização financeira do país. Um propósito que se pretende alcançar promovendo maior inclusão, competitividade, transparência e educação financeira.

Em janeiro deste ano, ao apresentar o Balanço da Agenda BC#, Roberto de Oliveira Campos Neto, presidente do BC, comentou algumas medidas já implementadas para melhorar a eficiência e a competitividade das cooperativas financeiras, como:

• a melhoria na governança do Fundo Garantidor do Cooperativismo de Crédito (FGCoop);

• a criação das Assembleias virtuais;

• a expansão da área de atuação das cooperativas;

• a permissão de captação por meio de letra financeira, poupança rural, poupança habitacional e letra imobiliária garantida.

Além disso, Campos Netos salientou a parceria entre o BC e o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop) para a ampliação do Programa de Formação de facilitadores em Gestão de Finanças Pessoais e classificou a associação como fundamental para a expansão da educação financeira nas regiões mais carentes do país.

As cooperativas de crédito também são consideradas estratégicas para cumprir com os próximos passos da Agenda BC#, entre eles:

• reduzir os custos de entrada e das transações, para garantir mais inclusão e participação financeira;

• assegurar juro longo mais baixo;

• favorecer uma melhor distribuição de recursos;

• permitir financiamento privado para os grandes agentes;

• oferecer mais fomento público aos pequenos e médios;

• modernizar para liberar mais valor à sociedade.

Para atingir ditas metas, no âmbito do cooperativismo, o BC pretende trabalhar para alcançar, até 2022:

• aumento na participação de cooperados no Sistema Nacional de Cooperativismo de Crédito para 40%;

• aumento na quantidade de cooperados de baixa renda para 50%;

• aumento na quantidade de cooperativas financeiras para, pelo menos, 20% do SFN.

Assim, o cooperativismo financeiro deve seguir em expansão por todo o país, demonstrando que é possível (e pode ser bastante vantajoso) optar por um modelo mais justo e humano, com mais benefícios para todos, inclusive para a comunidade.

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