Com a Selic em queda, o que fazer com seus investimentos?

Confira de forma prática as características de 4 alternativas de aplicações financeiras.

Guia de Bolso | 02 de dezembro de 2019
finanças
investimentos
investir
selic
Descubra como variar suas aplicações mesmo com a SELIC em baixa
Descubra como variar suas aplicações mesmo com a SELIC em baixa

Não pode ler agora? Ouça a matéria clicando no player:

Com a inflação sob controle e a contínua redução da taxa básica de juros (Selic), a atenção dos investidores tem se voltado para a queda dos rendimentos em aplicações de renda fixa. Para quem quer melhorar sua rentabilidade, mesmo com a Selic em baixa, diversificar as opções de investimentos, alongar prazos e ficar de olho no CDI são as ordens do dia.

Rodrigo Barion, assessor de investimentos com certificação CFP da BR Investe comenta: “O momento é de conscientizar os investidores de que é preciso experimentar outros modelos de aplicação e sofisticar a carteira”.

As aplicações mais indicadas vão depender do perfil do investidor, do valor e prazo aplicados e da necessidade ou não de contar com liquidez do investimento.

Confira a seguir, de maneira prática, as características de 4 alternativas de investimentos, para diversificar sua carteira e ter mais rentabilidade em um cenário de baixa de juros.

 

1 – Investir em ações da Bolsa

O que são:
Cotas de participação em empresas de capital aberto que dão direito a uma porcentagem sobre os ativos e lucros da companhia.

Rendimento:
Variável: se a empresa tem prejuízos, você pode perder dinheiro (até o limite da sua aplicação), mas se os resultados da companhia forem positivos, você pode receber dividendos ou ganhar com a valorização de suas ações.

Valor mínimo para investir:
Baixo (a partir de R$ 1).

Onde encontrar:
Emitidas por empresas de capital aberto e negociadas através da Bolsa de Valores (Bovespa).

Prazo de investimento:
Variável. Mas as melhores estratégias costumam ser de largo prazo.

Liquidez e carência:
Depende do ativo. Em geral, o acionista pode converter suas ações em dinheiro com apenas um clique, mas há ativos com menor liquidez.

Tributação:
Vendas até R$ 20 mil por mês são isentas de IR. A partir daí é cobrado Imposto de Renda com alíquota de 15% sobre o lucro da venda. No caso de compra e venda no mesmo dia, a taxa sobe para 20%.

Outras possíveis taxas:
Taxa de corretagem, taxa de custódia e emolumentos pagos à Bolsa (taxa de negociação e de liquidação) são cobrados na compra ou venda de ações.

Garantia:
Não são cobertas pelo FGC. Como se trata de renda variável, são consideradas investimentos de alto risco. A solução é estudar e entender melhor esse mercado.

2 – Investir em debêntures

O que são:
Títulos de dívidas emitidos por empresas com o objetivo de financiar projetos, aumentar o capital ou saldar débitos.

Rendimento:
São títulos de renda fixa com rentabilidade prefixada, pós-fixada ou híbrida. Em geral, apresentam rendimentos acima do CDI.

Valor mínimo para investir:
De médio a alto (a partir de R$ 1.000).

Onde encontrar:
Podem ser negociadas por corretoras de valores ou incluídas em fundos de investimento. Para investidores iniciantes, a aplicação via fundos pode ser mais recomendada para redução de riscos.

Prazo de investimento:
Normalmente, o mínimo são 2 anos. Mas os ativos melhor remunerados costumam ter mais de 10 anos de prazo.

Liquidez e carência:
A liquidez depende do emissor. Normalmente, é possível resgatar seu dinheiro em dois dias úteis após a solicitação. Mas o resgate antes do prazo de vencimento pode ser negativo para o seu bolso.

Tributação:
As debêntures incentivadas são isentas de IR e de IOF, enquanto as debêntures comuns são tributadas pela tabela regressiva do IR de acordo com o tempo de aplicação. Porém, antes de optar pelas primeiras, é bom ficar de olho nas taxas cobradas por cada alternativa.

Outras possíveis taxas:
O investimento via fundos pode gerar cobrança de taxas de administração e de performance.

Garantia:
Apesar de serem ativos de renda fixa, como não há cobertura do FGC, o investidor fica sujeito ao risco de que a empresa não cumpra com o pagamento do título.

 

3 – Investir em LCA

O que são:
Letras de Crédito do Agronegócio.

Rendimento:
São títulos de renda fixa com rentabilidade prefixada, pós-fixada ou híbrida.

Valor mínimo para investir:
De médio a alto (a partir de R$ 500).

Onde encontrar:
Negociados por bancos e por outras instituições financeiras, como as cooperativas de crédito.

Prazo de investimento:
Depende do título. Mas os melhores rendimentos são conseguidos com prazos maiores.

Liquidez e carência:
A liquidez pode ser diária (depende do título), mas a carência mínima é de 90 dias.

Tributação:
No investimento feito por pessoas físicas não incide IR nem IOF.

Outras possíveis taxas:
Não costuma ser cobrada taxa de administração. Mas pode haver taxação no caso de resgate antes do vencimento do título.

Garantia:
Investimento garantido pelo FGC ou pelo FGCoop em até R$ 250 mil por CPF. Segurança igual a da poupança.

 

4 – Investir em RDC

O que são:
Recibos de Depósitos Cooperativos.

Rendimento:
São títulos de renda fixa com rentabilidade prefixada, pós-fixada ou híbrida.

Valor mínimo para investir:
Baixo (a partir de R$ 1).

Onde encontrar:
São ativos negociados especificamente por cooperativas de crédito.

Prazo de investimento:
Há opção de RDC curto e de RDC longo, conforme seus objetivos.

Liquidez e carência:
A liquidez é diária.

Tributação:
Cobrança de IR seguindo tabela regressiva conforme o tempo de aplicação. Só há cobrança de IOF se o investimento for resgatado antes de 30 dias.

Outras possíveis taxas:
Não costumam ser cobradas outras taxas.

Garantia:
Investimento garantido pelo FGCoop em até R$ 250 mil por CPF. Segurança igual a da poupança.

 

 

 

Cuide melhor das suas finanças. Conheça o maior sistema de cooperativas de crédito do Brasil, o Sicoob e faça parte!

Gostou dessa dica? Cooperação começa por aqui, compartilhe esse conhecimento.


    Artigos que você também pode gostar