Imagine utilizar robôs com inteligência artificial, Big Data e outras tecnologias a favor do marketing e da publicidade. Essas não são previsões para o futuro. São novidades que já têm sido exploradas pelas AdTechs e pelas MarTechs.
AdTech é o termo em inglês advindo da mescla de advertising (publicidade) e techonologies (tecnologias). Similarmente, MarTech é a mistura de marketing com tecnologia. Ambos os termos são usados tanto para definir as soluções e ferramentas tecnológicas de cada uma dessas áreas, como as startups que atuam em cada ramo.
É válido notar que adtechs e as martechs atuam no mesmo mercado, mas com especialidades diferentes. Afinal, a publicidade diz respeito à propagação de mensagens sobre produtos, serviços e ideias. E as adtechs usam a tecnologia exatamente com esse fim. Enquanto isso, o trabalho das martechs, como o próprio marketing, é mais amplo, ligado à compreensão do mercado e à inteligência de negócios.
Para alguns, pode parecer que são apenas novos nomes para abordar um processo que já vem acontecendo: a revolução digital no marketing e na publicidade. De todo modo, o surgimento desses novos conceitos explicita uma tendência cada vez mais em voga: a intensificação do uso da tecnologia como estratégia fundamental para comunicar-se com o consumidor do século XXI. Saiba mais a seguir.
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Tendências trazidas pelas AdTechs
De acordo com estudos e relatórios da ABStartups e da Distrito, o Brasil já conta com, pelo menos, 250 startups que podem ser classificadas como adtechs. E esse segmento segue em expansão, buscando impactar o público por meio do uso de tecnologias disruptivas. Quer saber que tecnologias são essas? Confira:
Realidade Aumentada
Combinando o mundo físico ao digital, a RA pode ser usada pelas adtechs para otimizar a experiência do público ao divulgar um produto ou serviço, agregando valor a muitos tipos de mensagens publicitárias.
Automatização
Com espaços publicitários cada vez mais segmentados, a automatização de mídias programáticas pode garantir o aumento da assertividade e o monitoramento mais eficaz de campanhas. Outros tipos de automação também podem ser esperados.
Big Data
A inteligência de dados deve continuar tendo papel central no trabalho das startups de tecnologia publicitária, seja para traçar perfis mais detalhados de público, para prever o impacto de uma campanha ou para identificar as mídias mais vantajosas, por exemplo.
Conheça algumas adtechs bem brasileiras: Hands (soluções de mobile advertising), In Loco (geolocalização para distribuição de anúncios) e Sambatech (soluções para distribuição e venda de vídeos online).
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Tendências trazidas pelas MarTechs
No que diz respeito às martechs brasileiras, foram 194 as startups do ramo detectadas por um levantamento da aceleradora Liga Ventures. Por outro lado, uma pesquisa da Dot Digital Group revelou que 75% dos profissionais do país nunca ouviram falar de martechs. Uma realidade que deve mudar nos próximos anos com a expansão do segmento e a intensificação do uso de tecnologias, como:
Inteligência Artificial
As possibilidades do uso de IA por martechs são diversas. É possível mapear o comportamento de consumidores físicos ou online, integrar e cruzar informações de forma assertiva, interpretar dados analíticos, aprimorar a conexão com o público-alvo, entre outros.
Com uma visão holística dos canais de relacionamento entre marca e consumidor, há martechs que desenvolvem plataformas que contribuem para a integração de todos esses meios, sejam físicos ou digitais. Essa inter-relação de canais, aproximando marca e cliente, só tende a aumentar.
Humanização e personalização
Não se trata de uma tecnologia, mas de uma tendência que faz uso de variados meios tecnológicos, a fim de impactar o consumidor e o mercado com soluções cada vez mais exclusivas.
Quer exemplos de martechs nacionais? Conheça a Decision 6 (inteligência artificial para o varejo), a Forebrain (neurociência do consumo) e a Social Miner (humanização da experiência de compra).
A título de conclusão, podemos dizer que o Brasil ainda está em fase de transição para a 4ª era do marketing. Segundo Philip Kotler, a 1ª era focada no produto, a 2ª na informação e a 3ª no cliente. Agora, definitivamente, é a vez da tecnologia. Combinando sistemas avançados com o know-how dos profissionais da área, o marketing e a publicidade devem gerar experiências cada vez mais impactantes para os consumidores da nova era.
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