Despesas de início de ano: como quitá-las?

Quando compensa pagar à vista, parcelar ou pedir empréstimo?

Guia de Bolso | 23 de janeiro de 2017
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Despesas de início de ano
Despesas de início de ano

IPTU, IPVA, renovação de seguro, rematrícula, compra de materiais escolares, etc. As despesas de início de ano são muitas e variadas. Ainda mais, por representarem gastos extras, que precisam ser somados às despesas mensais usuais.

Como fazer, então, para dar conta de tudo? Qual a forma mais vantajosa de quitar as despesas de início de ano? Pagar tudo à vista? Parcelar o que for possível? Pegar um empréstimo? A resposta a todas essas perguntas vai depender da sua situação financeira atual. Veja só:

– Quando pagar à vista?

Compensa pagar as despesas de início de ano à vista se você tem mais dinheiro guardado do que o necessário para quitar as contas.

Caso suas economias sejam suficientes apenas para pagar as despesas de início de ano, pode ser melhor pensar em um parcelamento curto. Pois não é aconselhável ficar sem nenhuma reserva.

Outro ponto a se observar é como está aplicado esse dinheiro que você tem guardado. O pagamento à vista costuma ser mais vantajoso no caso do rendimento de suas aplicações ser menor que os juros para parcelamento.

Por exemplo, se você tem na poupança ou em um CDB (que rendem entre 0,5% e 0,8% a.m.) mais dinheiro do que o necessário para pagar à vista as contas de início de ano (como IPTU e IPVA, que têm juros embutidos no parcelamento de 1% a 3% a.m.), compensa quitar as despesas à vista.

– Quando parcelar?

Se você tem investimentos com bom rendimento pode ser mais vantajoso parcelar as despesas de início de ano e ir pagando as prestações com os lucros da aplicação.

Analise se os rendimentos de seus investimentos são superiores aos descontos para pagamento à vista. Mas não deixe de considerar também a existência de carência, a liquidez de suas aplicações e os impostos cobrados pelo resgate do fundo.

A especialista do SPC Brasil, Marcela Kawauti, comenta: "Se o dinheiro está aplicado numa previdência, por exemplo, que tem caráter de longo prazo, o resgate precoce pode levar a um pagamento de imposto de renda maior, o que pode anular o benefício do desconto”.

Lembrando que, caso você tenha pouco dinheiro guardado - mesmo que em uma aplicação de baixo rendimento - um parcelamento curto também pode ser recomendável, para não ficar sem um fundo de emergências.

– Quando pedir empréstimo?

Caso você não tenha se prevenido e guardado dinheiro para quitar as despesas de início de ano, um empréstimo pode ser uma opção a se analisar. Mas é preciso verificar se as taxas do empréstimo são menores que os juros para parcelamento das contas.

Por exemplo, se seu IPVA tem juros de 3% ao mês para parcelamento (essa porcentagem varia de estado para estado) e você tem acesso a crédito consignado (com juros médios de 1,5% ao mês), compensa mais pegar o crédito para pagar a dívida à vista.

Mas se, em outro exemplo, você paga 1% de juros ao mês para parcelar seu IPTU (também varia por região), enquanto os juros do financiamento no banco variam entre 2,5 e 3,5% ao mês, compensa mais pagar o imposto parcelado.

Agora, se você já tem outras dívidas pré-existentes, além das novas despesas de início de ano, talvez o empréstimo seja mesmo a melhor opção. Mas não deixe de pesquisar bem até encontrar crédito com taxas menores, para que a alternativa seja realmente vantajosa para seu bolso. E não esqueça de rever e reorganizar o seu orçamento para conseguir honrar todas as parcelas.

Para conseguir taxas mais competitivas, uma boa dica é ficar atento às vantagens oferecidas por cooperativas financeiras, que não visam lucro e chegam a cobrar até 20% menos pelos mesmos produtos e serviços de um banco comum. Conheça o maior sistema cooperativo de crédito do país, o Sicoob.

Empréstimo mais barato? Procure as cooperativas financeiras.

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