7 dicas para melhorar os rendimentos da agricultura familiar

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Confira ideias para aumentar os resultados financeiros do seu agronegócio familiar

Condições climáticas desafiadoras, aumentos nos preços dos insumos e oscilações no mercado são apenas algumas das dificuldades comumente enfrentadas pelos agricultores familiares.

Por outro lado, é preciso levar em conta a importância da agricultura familiar para todo o país, já que 77% dos estabelecimentos agropecuários brasileiros entram nessa classificação. E os pequenos produtores são responsáveis por fornecer boa parte dos alimentos que chegam à nossa mesa.

Sabendo disso, apresentamos aqui 7 boas dicas para melhorar os rendimentos da agricultura familiar. Confira:

1 – Analise o mercado

É bastante comum que os pequenos produtores rurais cultivem produtos com os quais já estão familiarizados, seja por uma tradição familiar ou local.

De toda forma, vale a pena considerar qual é a demanda do mercado para esse tipo de produto, se existe uma alta competitividade na oferta do gênero e se há novas possibilidades de cultivo – de acordo com as características do solo e do clima – ou de produção de algum derivado que poderiam resultar em melhores rendimentos.

Seria possível, por exemplo, plantar uma nova cultura em sistema de rotação? Seria interessante investir em um mercado de nicho como o de produtos livres de agrotóxicos? Seria possível produzir derivados, como geleias, compotas, bolos, etc.?

2 – A importância do planejamento

Em qualquer tipo de negócio, o planejamento é fundamental. Na agricultura familiar não é diferente. A questão é que os produtores já costumam estar habituados a fazer o planejamento do cultivo em si (desde o tratamento do solo até a colheita), mas nem sempre fazem outros tipos de planejamentos, como o planejamento financeiro, por exemplo.

Para melhorar os rendimentos da agricultura familiar, o planejamento financeiro, com certeza, é fundamental. Nesse sentido, controlar o fluxo de caixa e os custos de produção são dois passos fundamentais. Saiba mais no artigo 5 dicas para melhorar a gestão financeira do agronegócio.

3 – Melhore a gestão

Uma questão intimamente relacionada ao planejamento é a da gestão do negócio da agricultura familiar. Para que esse negócio possa render mais financeiramente, além de uma boa organização financeira, também é fundamental ter atenção a outros fatores como a logística, a variação de preços, os contratos com fornecedores, entre outros.

Participar de cursos relacionados à gestão do agronegócio familiar é uma das maneiras de aumentar seus conhecimentos sobre o tema. Você também pode investir em tecnologias de análises de dados, contratar um profissional especializado em gestão ou até, como veremos a seguir, considerar as vantagens de associar-se a uma cooperativa que possa orientá-lo sobre o tema.

4 – Considere as vantagens de uma cooperativa

Associar-se a uma cooperativa do agro ou até a uma cooperativa financeira é uma alternativa que traz muitas vantagens para os produtores da agricultura familiar.

Para começar, produtores associados a cooperativas agropecuárias ganham força na negociação de preços, tanto para a compra de materiais e insumos quanto para a venda da produção. Essas cooperativas ainda podem proporcionar melhor acesso a tecnologias e cursos na área, promover trocas de experiências entre produtores, oferecer assistência técnica aos associados, entre outros benefícios.

As cooperativas financeiras, por sua vez, permitem aos produtores terem acesso a linhas de crédito exclusivas com mais facilidade, oferecem consórcios de máquinas agrícolas e propriedades rurais, promovem feirões e outros eventos que beneficiam o setor, além de permitir aos associados administrar melhor suas finanças, com menos gastos e mais possibilidades de ganhos.

5 – Aposte em tecnologias

Outra forma de melhorar os rendimentos da agricultura familiar é adotar tecnologias específicas que permitam melhorar a gestão do negócio e aumentar sua produtividade.

Já existem, por exemplo, softwares de gestão que permitem controlar a contabilidade da propriedade, fazer a gestão de insumos e da logística, analisar resultados técnicos e econômicos, fazer o levantamentos dos custos de produção, entre outros.

Ao mesmo tempo, também é possível contar com sistemas de irrigação, recursos para análises meteorológicas, equipamentos para a preparação do solo, soluções para controle de insetos e outras pragas, entre outros.

Analise o custo-benefício de adotar tecnologias como essas que permitam aumentar os resultados financeiros do seu negócio. E lembre-se que a associação a cooperativas pode permitir que você tenha acesso, de forma mais fácil e econômica, a tecnologias do tipo.

6 – Avalie as chances de exportação

O mercado interno brasileiro tem grande capacidade de absorver a produção da agricultura familiar. De todo modo, o produtor rural que consegue comercializar seus produtos no mercado interior e exterior pode ter muitas vantagens, garantindo melhor escoamento da produção, aproveitando os ganhos financeiros provenientes da cotação do dólar (normalmente mais alta do que o real) e ficando menos vulnerável a oscilações do mercado.

Novamente, é bom saber que ser associado a uma cooperativa pode facilitar esse processo. Exemplo disso é o da cooperativa baiana de agricultores familiares Coopercuc que, desde 2006, exporta produtos da Caatinga para o mercado europeu.

7 – Não se esqueça do marketing agrícola

Outra forma de melhorar os rendimentos da agricultura familiar é pensando em estratégias de marketing. O marketing é composto basicamente por quatro fatores: produto, preço, praça e promoção.

No que se refere ao produto, nós já tratamos no primeiro tópico deste artigo sobre a possibilidade de repensar sua produção, alterando ou diversificando o que for necessário, além, é claro, de cuidar sempre da qualidade do que produz.

A definição do preço é um dos fatores relacionados à gestão, sobre a qual tratamos no terceiro tópico. Enquanto a definição da praça (local em que você vende seus produtos) já foi abordada no tópico anterior. Por fim, é necessário pensar também na promoção da sua produção, ou seja, em mostrar aos consumidores os diferenciais do seu produto. Como? Pode ser através de uma etiqueta, uma embalagem ou até mesmo de um site. O importante é que o seu consumidor (seja ou não o consumidor final) perceba as vantagens de comprar o seu produto.

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